América, que lei aboliu a escravatura, entre outros fatos notoriamente históricos.
O que não sabemos é que há muita
informação por de trás de um fato histórico, que há sempre 2 lados de uma mesma história,
que de acordo com Napoleão, é escrita pelos vencedores.
Na história da política
brasileira não é bem assim, nas últimas décadas há só um lado que escreve a
história, e não é o vitorioso, mas sim o lado que tem mais poder econômico.
O lado obscuro da história, que
não é transcrito nos livros escolares, deve ser revelado, trazido à tona, mas
não será a plutocracia a fazer isso.
Essa imagem deturpada da história
não é promovida por quem escreve os livros, mas por aqueles que pagam editoras para
eles serem escritos. Esses “historiadores” alteram fatos por interesse próprio,
e se aproveitam da acomodação do povo, da falta de recursos de pesquisa, para tornaram
esses fatos inquestionáveis e verídicos.
Por isso faz-se mister entender
os fatos desde o seu início, e ao final tirar as próprias conclusões.
A história começa muito antes do
homem, mas é ele o responsável pelos maiores eventos a que ela destaca. A 2ª
Guerra mundial, talvez seja o evento histórico de maior repercussão da história
da humanidade, todos conhecem um pouco do tema, todos apontam Hitler como um
ditador psicopata que queria exterminar os judeus da face da Terra.
Tal informação está longe de ser
falsa, contudo poucos sabem os interesses que havia por trás da intenção da
Alemanha Nazista em dominar o mundo. É notório que o poder está atrelado à
capacidade econômica, ao poderio financeiro. Durante a 2ª Guerra, diversos
bancos, bancários e grandes empresários, que detinham grande parte das fortunas,
injetaram muito capital para estruturar todo o exército alemão, e por vários
meses, antes da Guerra, espalharam publicidade pelo território alemão,
divulgando informações que faziam parecer que o que estava prestes a acontecer
era algo bom para o país.
Esse interesse dos grandes bancos
investidores, não foi à toa, tinha um propósito muito bem definido. Os ideais
dos bancos e grandes empresários casaram muito bem com as ideias nazistas, e
juntos sequestraram o patrimônio de diversas famílias judias, o que quase culminou
em uma ditadura mundial, não fosse os aliados intervirem.
O aporte financeiro dado por esses
grandes “bancos” custeou durante meses a propaganda positiva do governo,
custeou durante anos a Guerra, custeou o caos, e foi responsável pelo maior
genocídio de que se tem conhecimento.
Ocorre que esse fato não foi
registrado por quase nenhum livro de história, coincidentemente por ser
contrário ao interesse daqueles que detinham o dinheiro, aqueles que ainda
detêm o poder.
Depois de muitos anos grandes
empresários e oficiais do exército alemão, italiano, entre outros, foram condenados
pelo Tribunal Penal Internacional, pela prática de crimes de Guerra. Alguns
civis foram condenados, por se aproveitaram da condição de Estado de Exceção
para enriquecerem às custas do patrimônio das famílias judias assassinadas. As pessoas foram condenadas, mas os grandes Bancos permaneceram intocáveis.
Tal introdução foi feita para
analisarmos os fatos históricos que envolveram a nossa República durante a
ditadura, na relação com grandes empresários e veículos de mídia, em uma
analogia válida sobre cometer delitos em tempos de Estado de exceção.
Houve mais de 20 anos de ditadura
em nosso país, eu não vivi esse período, só sei que existiu, pois li muito
sobre o assunto em diversos canais informativos.
Com o advento da internet e a
facilidade de buscar informações, muito se difundiu sobre o apoio de grandes
empresários e veículos da mídia à implantação da Ditadura em nosso país,
especialmente a maior emissora de Televisão do país e seu proprietário.
São poucos os que detêm essa
informação, e muitos os que não desejam que ela se espalhe e se torne parte da
história. Foi durante a ditadura militar que o Sr. Roberto Marinho multiplicou milhares
de vezes o seu patrimônio, e transformou a sua família na mais rica do Brasil,
segundo a revista Forbes.
Não estamos falando de uma Guerra
propriamente dita, mas a comparação é válida, uma vez que durante a ditadura o
governo Militar comandava o país, assim como nas Guerras. Foram muitos os
crimes cometidos nesses mais de 20 anos, quase não houve repercussão da mídia,
até porque a única emissora de Televisão que sobrou àquela época não fazia
questão de reproduzir conteúdo que denegrisse a imagem do Governo militar, pelo
contrário, produzia conteúdos favoráveis ao governo, o que lhe era conveniente.
Coincidentemente a emissora de TV
de Roberto Marinho se tornou a maior do país, tornando hegemônico o seu domínio
no mercado de mídia e publicidade.
Anos depois com a onda
democrática que se espalhava pelo mundo à fora, transformando as principais nações em
repúblicas democráticas, o país se mobilizou e milhões foram às ruas exigir o
fim da ditadura e “diretas já”.
Nada impediria que o país
voltasse a ser uma democracia, nem a maior emissora de TV do País, que teve que
se render à vontade do povo. Mas essa rendição não seria por muito tempo. Sendo
dona de uma verdadeira máquina formadora de opinião de grande alcance, a Rede Globo
de Televisão se utilizou de velhas artimanhas para escolher durante anos o
candidato que queria que governasse o país, alguém que atendesse os seus
interesses.
E assim elegeu 2 presidentes da
República que governaram o país por mais de 10 anos, atendendo todos os
interesses da plutocracia, ignorando os menos favorecidos. A mídia televisiva
era a ferramenta ideal para entrar em milhões de lares brasileiros e “ajudar” o
povo a pensar no que era o melhor para os seus interesses, e não no melhor para
o país.
Imaginem uma pequena cidade, onde
o único veículo de mídia é uma pequena estação de rádio, e todos os moradores a
escutam diariamente. Agora imagine ser você o proprietário dessa estação de
rádio e poder formular todo o conteúdo que deseja que seus ouvintes ouçam.
Quase toda informação que for
levada ao ouvinte será absorvida e na grande maioria das vezes, mesmo que
mentirosa, será tomada por verdade, transformando e moldando a opinião de quem
as ouve.
Agora imagine que você é o dono
de uma padaria naquela cidade, e que o dono dessa estação de rádio não é você,
e sim um cidadão qualquer, também proprietário de uma padaria. Sendo ele o dono
da estação de rádio poderia criar qualquer conteúdo, inclusive algum conteúdo
publicitário que divulgasse a própria padaria.
Certamente muito mais pessoas
ouviriam falar da padaria daquele cidadão do que da sua padaria. Agora imagine
que a rádio reproduza notícias negativas sobre sua padaria, notícias falsas que
têm o condão de afastar os seus clientes e direcioná-los à padaria do
proprietário da rádio.
Mesmo que você e seus amigos e
familiares saibam da falsidade das informações, a grande maioria que ouve a
rádio não sabe, e essa ignorância de informação acaba influenciando aquele
ouvinte a não comprar mais em sua padaria, mas só naquela em que o dono é o
empresário também dono da rádio.
Você pode rebater as informações
falsas e apresentar as verdadeiras, mas nunca terá o alcance que a rádio do
outro dono de padaria tem, uma vez que ele é dono de uma “arma” com poder de
destruição inimaginável.
É assim que essa emissora faz
todos os dias com assuntos que não lhe convém, ela modifica fatos e cria
situações visando atingir os seus interesses e de seus patrocinadores, nem que
para isso ela tenha que destruir aqueles que não lhe apoiam, ou são contra as
suas ideologias.
Durante décadas essa foi a
realidade de nosso país, até que, felizmente houve uma mobilização da população
e mesmo com apelo midiático, depois de anos no poder essa emissora perdeu seu domínio
político, e não conseguiu impedir a ascensão ao poder de um Governo Popular.
Embora o Governo fosse popular, a
mídia continuava sendo dominada pela classe alta, pela plutocracia, o que
dificultava o acesso à informação fidedigna de tudo o que ocorria pelo país, e
a evolução que ele vinha tendo.
O monopólio de informação em
nosso país se resume a 5 famílias que controlam os principais veículos de mídia
e, obviamente, tem programação conveniente com seus interesses.
Quando algum assunto é contrário
aos seus interesses, principalmente se tratando do Governo do país, essas
emissoras, que só objetivam lucro e não se sensibilizam com a sociedade em si,
geram conteúdo negativando à imagem daquele.
Isso aconteceu nos últimos 3
governos do país e 2/5 do 4º, quando diariamente os veículos de comunicação
falavam em “corrupção desenfreada” e imputavam toda responsabilidade a um
partido político em especial, o que governava.
Aproveitando a carona com as
manifestações populares pedindo o fim da corrupção, a rede Globo de televisão
pregou o extermínio aos partidos populares, atribuindo a eles a responsabilidade
por uma suposta crise instalada no país.
As manifestações passaram e a
campanha da mídia contra o Governo, na tentativa de eleger um outro partido,
conhecidamente voltado a atender os interesses da minoria, das classes ricas,
falhou e o governo popular se manteve no poder.
O Governo resistiu bravamente com
todas as forças, até que novamente essa mídia burguesa dominante, em ataque contra
a democracia, orquestrado com auxílio do legislativo, retomou o poder político
à força, implantando um governo de exceção, com um único objetivo, acabar com
os privilégios e benefícios alcançados por um governo popular, que visava a redução
da desigualdade entre classes sociais.
O 1º “gol” marcado por esse
governo de exceção, o chamado gol contra, foi a PEC 241, que congelou os gastos
públicos, determinando um teto para os mesmos. Logo em seguida veio o 2º gol
contra, a lei 13.467, que alterou as Leis Trabalhistas, trazendo muitos prejuízos
ao trabalhador, extinguindo diversas conquistas da classe menos favorecida.
O 3º gol contra, que fortuitamente foi
anulado a tempo, depois da consulta ao "árbitro de vídeo", seria a “reforma da
previdência”, cujo objetivo é encher os cofres públicos, aumentar o tempo de contribuição do trabalhador, impedindo que ele se aposente.
Mas não pensem que esse jogo
terminou, estamos prestes a ser goleados, dia após dia entregamos nossas
riquezas naturais ao mercado estrangeiro, normalmente aos EUA, privatizamos
estatais, sofremos pressão para ceder às vontades burguesas, à espera de que o
placar desfavorável ao povo aumente.
Se você me perguntar o que interessa
para a rede Globo de televisão a reforma da previdência, por exemplo, vou
responder objetivamente: para a Globo, em si, praticamente nada; agora para os
empresários que a patrocinam, muito.
A Globo não faz caridade, não se
importa com os pobres, quando faz programas sociais nem é ela quem os custeia,
o Criança esperança é você telespectador quem financia, as reformas que o ex
presidenciável Luciano Huck promove em seus programas são os patrocinadores que
proporcionam, até o cultural BBB é você quem paga em cada ligação efetuada.
Essa emissora é tão poderosa que
semeou o ódio a um partido político, a uma classe, a um presidente e você nem
percebeu. Muitos de nós sofremos lavagem cerebral dessa emissora, e sequer temos
culpa, não somos culpados por absorver informação, é condição do intelecto
humano, até inconscientemente a absorvemos.
A culpa, como muitos têm
percebido, é desse veículo gigantesco de mídia. Eu desafio você a encontrar um
jornal, revista ou qualquer outra mídia do grupo Globo que tragam reportagens
positivas sobre o Governo do PT, sem que haja críticas, e principalmente sobre
o ex presidente Lula.
Não é possível que um governo com
índice de aprovação de mais de 87% tenha mais notícias negativas do que positivas! (exceção abaixo)
A negativação difundida pela rede
Globo sobre os partidos populares, em especial ao partido dos trabalhadores
(PT) disseminou um ódio descontrolado em vários níveis sociais, transformando
populismo em fascismo.
Pode perguntar a uma pessoa que
não gosta do PT ou do ex presidente Lula, qual a razão para o desgosto, ou o
ódio. Muitos não saberão responder, apenas dirão que eles roubaram o Brasil.
Não há argumentos, ou provas, há
sim um enorme teatro em que os telespectadores, consequentemente cidadãos
eleitores, se inseriram como plateia, aplaudindo de pé as encenações dos atores
e protagonistas, Globo e suas ramificações.
Milhões de pessoas discutem
política e compram briga com amigos e familiares que possuem opinião diversa,
para defender ideologias que nem são suas, que na verdade são obra de
manipulação dessa mídia plutocrata.
Dessa forma milhões de pessoas de
classe média baixa, defendem ideais contrários aos grupos e classes sociais a
que pertencem, ou elas acham que defender um governo de oposição aos interesses
sociais dos menos afortunados é defender um governo voltado para eles?
O povo que defende um governo
oposto aos interesses da população pobre não tem que economizar o salário para
comprar um pacote de feijão, não enfrenta a fila do SUS, não depende de bolsa
família. Esse povo tem aversão aos pobres, negros, homossexuais, esquerdistas,
não quer dividir aeroporto com quem não usa roupa de grife.
Não concordo em rotular pessoas
por seu interesse sexual, cor de pele, condição financeira ou posicionamento político,
somos todos seres humanos acima de tudo, e não devemos alimentar nenhum
sentimento de ódio por nossos semelhantes.
Se você é de classe média baixa,
e preza pelos seus interesses, ou os de seus familiares e amigos, pense duas
vezes antes de ir às ruas clamar por justiça e pedir a prisão de políticos
apontados como ladrões pela mídia Global.
Os “heróis” que essa emissora quer
empurrar nossas gargantas abaixo geralmente recebem propina, compram o silêncio
de empresários e políticos, se envolvem com tráfico de drogas ou são acusados
de mandar comparsas cometerem homicídios, inclusive de parentes.
Mas o herói maior, aquele que a
mídia Global transformou em Deus, que até personagem de filme virou, esse senhor
que veste toga e faz “justiça” sem respeitar às leis, esse não merece espaço
aqui, muito menos que mencione seu nome, esse é um elemento que a história vai
tratar como a bíblia tratou de Judas.
Termino esse texto de reflexão
contando uma breve história de como aprendi que a democracia é o melhor
remédio. Quando morava com meus pais e irmãos, diariamente à noite minha mãe
perguntava sobre o cardápio do dia seguinte, havia uma votação e o prato mais
votado era o escolhido.
Geralmente eu e meus irmãos, a
maioria, escolhíamos arroz, feijão, fritas, bifes e ovos. Havia também a
lasanha de frango, que era unanimidade, além de massa à bolonhesa. De vez em
quando minha mãe colocava o famigerado Bucho de boi como opção, eu e meus
irmãos odiávamos, mas sabíamos que a minoria, meu pai e minha mãe amavam, então
abríamos mão e concordávamos com o prato.
Usei esse exemplo para demonstrar
que até num governo popular, as minorias, como a classe média alta, devem ter
seus interesses atendidos, até porque ela faz parte de um todo, e em um
Governo ideal não podemos ignorar nenhuma classe que compõe a sociedade,
devemos atender os interesses de todos.
Ocorre que o governo que a mídia
quer que você defenda não é a maioria, é a minoria absoluta, e tão somente ela,
esse governo fecha os olhos para a imensa maioria da sociedade, aquela que
precisa do governo para poder ter uma vida digna.
“Cerca de 50 milhões de brasileiros, o equivalente a 25,4% da
população, vivem na linha de pobreza e têm renda familiar equivalente a R$
387,07 – ou US$ 5,5 por dia, valor adotado pelo Banco Mundial para definir se
uma pessoa é pobre.”
Ignorar esses fatos e seguir com uma
venda nos olhos, ou pior, fingir que está tudo bem para não dar o “braço a
torcer”, é prejudicar a si mesmo, e prejudicar o nosso próprio país.
Não acho inteligente classificar políticos
e o governo de Esquerda ou Direita, mas se um governo voltado para os
interesses dos menos afortunados é chamado de um governo de esquerda, então é
esse o Governo que irei defender.