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domingo, 8 de abril de 2018

Os interesses da mídia contra a Democracia!


Todos conhecemos um pouco de história, sabemos quem descobriu o Brasil, quem descobriu a
América, que lei aboliu a escravatura, entre outros fatos notoriamente históricos.
O que não sabemos é que há muita informação por de trás de um fato histórico, que há sempre 2 lados de uma mesma história, que de acordo com Napoleão, é escrita pelos vencedores.
Na história da política brasileira não é bem assim, nas últimas décadas há só um lado que escreve a história, e não é o vitorioso, mas sim o lado que tem mais poder econômico.
O lado obscuro da história, que não é transcrito nos livros escolares, deve ser revelado, trazido à tona, mas não será a plutocracia a fazer isso.
Essa imagem deturpada da história não é promovida por quem escreve os livros, mas por aqueles que pagam editoras para eles serem escritos. Esses “historiadores” alteram fatos por interesse próprio, e se aproveitam da acomodação do povo, da falta de recursos de pesquisa, para tornaram esses fatos inquestionáveis e verídicos.
Por isso faz-se mister entender os fatos desde o seu início, e ao final tirar as próprias conclusões.
A história começa muito antes do homem, mas é ele o responsável pelos maiores eventos a que ela destaca. A 2ª Guerra mundial, talvez seja o evento histórico de maior repercussão da história da humanidade, todos conhecem um pouco do tema, todos apontam Hitler como um ditador psicopata que queria exterminar os judeus da face da Terra.
Tal informação está longe de ser falsa, contudo poucos sabem os interesses que havia por trás da intenção da Alemanha Nazista em dominar o mundo. É notório que o poder está atrelado à capacidade econômica, ao poderio financeiro. Durante a 2ª Guerra, diversos bancos, bancários e grandes empresários, que detinham grande parte das fortunas, injetaram muito capital para estruturar todo o exército alemão, e por vários meses, antes da Guerra, espalharam publicidade pelo território alemão, divulgando informações que faziam parecer que o que estava prestes a acontecer era algo bom para o país.
Esse interesse dos grandes bancos investidores, não foi à toa, tinha um propósito muito bem definido. Os ideais dos bancos e grandes empresários casaram muito bem com as ideias nazistas, e juntos sequestraram o patrimônio de diversas famílias judias, o que quase culminou em uma ditadura mundial, não fosse os aliados intervirem.
O aporte financeiro dado por esses grandes “bancos” custeou durante meses a propaganda positiva do governo, custeou durante anos a Guerra, custeou o caos, e foi responsável pelo maior genocídio de que se tem conhecimento.
Ocorre que esse fato não foi registrado por quase nenhum livro de história, coincidentemente por ser contrário ao interesse daqueles que detinham o dinheiro, aqueles que ainda detêm o poder.
Depois de muitos anos grandes empresários e oficiais do exército alemão, italiano, entre outros, foram condenados pelo Tribunal Penal Internacional, pela prática de crimes de Guerra. Alguns civis foram condenados, por se aproveitaram da condição de Estado de Exceção para enriquecerem às custas do patrimônio das famílias judias assassinadas. As pessoas foram condenadas, mas os grandes Bancos permaneceram intocáveis.
Tal introdução foi feita para analisarmos os fatos históricos que envolveram a nossa República durante a ditadura, na relação com grandes empresários e veículos de mídia, em uma analogia válida sobre cometer delitos em tempos de Estado de exceção.
Houve mais de 20 anos de ditadura em nosso país, eu não vivi esse período, só sei que existiu, pois li muito sobre o assunto em diversos canais informativos.
Com o advento da internet e a facilidade de buscar informações, muito se difundiu sobre o apoio de grandes empresários e veículos da mídia à implantação da Ditadura em nosso país, especialmente a maior emissora de Televisão do país e seu proprietário.
São poucos os que detêm essa informação, e muitos os que não desejam que ela se espalhe e se torne parte da história. Foi durante a ditadura militar que o Sr. Roberto Marinho multiplicou milhares de vezes o seu patrimônio, e transformou a sua família na mais rica do Brasil, segundo a revista Forbes.
Não estamos falando de uma Guerra propriamente dita, mas a comparação é válida, uma vez que durante a ditadura o governo Militar comandava o país, assim como nas Guerras. Foram muitos os crimes cometidos nesses mais de 20 anos, quase não houve repercussão da mídia, até porque a única emissora de Televisão que sobrou àquela época não fazia questão de reproduzir conteúdo que denegrisse a imagem do Governo militar, pelo contrário, produzia conteúdos favoráveis ao governo, o que lhe era conveniente.
Coincidentemente a emissora de TV de Roberto Marinho se tornou a maior do país, tornando hegemônico o seu domínio no mercado de mídia e publicidade.
Anos depois com a onda democrática que se espalhava pelo mundo à fora, transformando as principais nações em repúblicas democráticas, o país se mobilizou e milhões foram às ruas exigir o fim da ditadura e “diretas já”.
Nada impediria que o país voltasse a ser uma democracia, nem a maior emissora de TV do País, que teve que se render à vontade do povo. Mas essa rendição não seria por muito tempo. Sendo dona de uma verdadeira máquina formadora de opinião de grande alcance, a Rede Globo de Televisão se utilizou de velhas artimanhas para escolher durante anos o candidato que queria que governasse o país, alguém que atendesse os seus interesses.
E assim elegeu 2 presidentes da República que governaram o país por mais de 10 anos, atendendo todos os interesses da plutocracia, ignorando os menos favorecidos. A mídia televisiva era a ferramenta ideal para entrar em milhões de lares brasileiros e “ajudar” o povo a pensar no que era o melhor para os seus interesses, e não no melhor para o país.
Imaginem uma pequena cidade, onde o único veículo de mídia é uma pequena estação de rádio, e todos os moradores a escutam diariamente. Agora imagine ser você o proprietário dessa estação de rádio e poder formular todo o conteúdo que deseja que seus ouvintes ouçam.
Quase toda informação que for levada ao ouvinte será absorvida e na grande maioria das vezes, mesmo que mentirosa, será tomada por verdade, transformando e moldando a opinião de quem as ouve.
Agora imagine que você é o dono de uma padaria naquela cidade, e que o dono dessa estação de rádio não é você, e sim um cidadão qualquer, também proprietário de uma padaria. Sendo ele o dono da estação de rádio poderia criar qualquer conteúdo, inclusive algum conteúdo publicitário que divulgasse a própria padaria.
Certamente muito mais pessoas ouviriam falar da padaria daquele cidadão do que da sua padaria. Agora imagine que a rádio reproduza notícias negativas sobre sua padaria, notícias falsas que têm o condão de afastar os seus clientes e direcioná-los à padaria do proprietário da rádio.
Mesmo que você e seus amigos e familiares saibam da falsidade das informações, a grande maioria que ouve a rádio não sabe, e essa ignorância de informação acaba influenciando aquele ouvinte a não comprar mais em sua padaria, mas só naquela em que o dono é o empresário também dono da rádio.
Você pode rebater as informações falsas e apresentar as verdadeiras, mas nunca terá o alcance que a rádio do outro dono de padaria tem, uma vez que ele é dono de uma “arma” com poder de destruição inimaginável.
É assim que essa emissora faz todos os dias com assuntos que não lhe convém, ela modifica fatos e cria situações visando atingir os seus interesses e de seus patrocinadores, nem que para isso ela tenha que destruir aqueles que não lhe apoiam, ou são contra as suas ideologias.
Durante décadas essa foi a realidade de nosso país, até que, felizmente houve uma mobilização da população e mesmo com apelo midiático, depois de anos no poder essa emissora perdeu seu domínio político, e não conseguiu impedir a ascensão ao poder de um Governo Popular.
Embora o Governo fosse popular, a mídia continuava sendo dominada pela classe alta, pela plutocracia, o que dificultava o acesso à informação fidedigna de tudo o que ocorria pelo país, e a evolução que ele vinha tendo.
O monopólio de informação em nosso país se resume a 5 famílias que controlam os principais veículos de mídia e, obviamente, tem programação conveniente com seus interesses.
Quando algum assunto é contrário aos seus interesses, principalmente se tratando do Governo do país, essas emissoras, que só objetivam lucro e não se sensibilizam com a sociedade em si, geram conteúdo negativando à imagem daquele.
Isso aconteceu nos últimos 3 governos do país e 2/5 do 4º, quando diariamente os veículos de comunicação falavam em “corrupção desenfreada” e imputavam toda responsabilidade a um partido político em especial, o que governava.
Aproveitando a carona com as manifestações populares pedindo o fim da corrupção, a rede Globo de televisão pregou o extermínio aos partidos populares, atribuindo a eles a responsabilidade por uma suposta crise instalada no país.
As manifestações passaram e a campanha da mídia contra o Governo, na tentativa de eleger um outro partido, conhecidamente voltado a atender os interesses da minoria, das classes ricas, falhou e o governo popular se manteve no poder.
O Governo resistiu bravamente com todas as forças, até que novamente essa mídia burguesa dominante, em ataque contra a democracia, orquestrado com auxílio do legislativo, retomou o poder político à força, implantando um governo de exceção, com um único objetivo, acabar com os privilégios e benefícios alcançados por um governo popular, que visava a redução da desigualdade entre classes sociais.
O 1º “gol” marcado por esse governo de exceção, o chamado gol contra, foi a PEC 241, que congelou os gastos públicos, determinando um teto para os mesmos. Logo em seguida veio o 2º gol contra, a lei 13.467, que alterou as Leis Trabalhistas, trazendo muitos prejuízos ao trabalhador, extinguindo diversas conquistas da classe menos favorecida.
O 3º gol contra, que fortuitamente foi anulado a tempo, depois da consulta ao "árbitro de vídeo", seria a “reforma da previdência”, cujo objetivo é encher os cofres públicos, aumentar o tempo de contribuição do trabalhador, impedindo que ele se aposente.
Mas não pensem que esse jogo terminou, estamos prestes a ser goleados, dia após dia entregamos nossas riquezas naturais ao mercado estrangeiro, normalmente aos EUA, privatizamos estatais, sofremos pressão para ceder às vontades burguesas, à espera de que o placar desfavorável ao povo aumente.
Se você me perguntar o que interessa para a rede Globo de televisão a reforma da previdência, por exemplo, vou responder objetivamente: para a Globo, em si, praticamente nada; agora para os empresários que a patrocinam, muito.
A Globo não faz caridade, não se importa com os pobres, quando faz programas sociais nem é ela quem os custeia, o Criança esperança é você telespectador quem financia, as reformas que o ex presidenciável Luciano Huck promove em seus programas são os patrocinadores que proporcionam, até o cultural BBB é você quem paga em cada ligação efetuada.
Essa emissora é tão poderosa que semeou o ódio a um partido político, a uma classe, a um presidente e você nem percebeu. Muitos de nós sofremos lavagem cerebral dessa emissora, e sequer temos culpa, não somos culpados por absorver informação, é condição do intelecto humano, até inconscientemente a absorvemos.
A culpa, como muitos têm percebido, é desse veículo gigantesco de mídia. Eu desafio você a encontrar um jornal, revista ou qualquer outra mídia do grupo Globo que tragam reportagens positivas sobre o Governo do PT, sem que haja críticas, e principalmente sobre o ex presidente Lula.
Não é possível que um governo com índice de aprovação de mais de 87% tenha mais notícias negativas do que positivas! (exceção abaixo)
A negativação difundida pela rede Globo sobre os partidos populares, em especial ao partido dos trabalhadores (PT) disseminou um ódio descontrolado em vários níveis sociais, transformando populismo em fascismo.
Pode perguntar a uma pessoa que não gosta do PT ou do ex presidente Lula, qual a razão para o desgosto, ou o ódio. Muitos não saberão responder, apenas dirão que eles roubaram o Brasil.
Não há argumentos, ou provas, há sim um enorme teatro em que os telespectadores, consequentemente cidadãos eleitores, se inseriram como plateia, aplaudindo de pé as encenações dos atores e protagonistas, Globo e suas ramificações.
Milhões de pessoas discutem política e compram briga com amigos e familiares que possuem opinião diversa, para defender ideologias que nem são suas, que na verdade são obra de manipulação dessa mídia plutocrata.
Dessa forma milhões de pessoas de classe média baixa, defendem ideais contrários aos grupos e classes sociais a que pertencem, ou elas acham que defender um governo de oposição aos interesses sociais dos menos afortunados é defender um governo voltado para eles?
O povo que defende um governo oposto aos interesses da população pobre não tem que economizar o salário para comprar um pacote de feijão, não enfrenta a fila do SUS, não depende de bolsa família. Esse povo tem aversão aos pobres, negros, homossexuais, esquerdistas, não quer dividir aeroporto com quem não usa roupa de grife.
Não concordo em rotular pessoas por seu interesse sexual, cor de pele, condição financeira ou posicionamento político, somos todos seres humanos acima de tudo, e não devemos alimentar nenhum sentimento de ódio por nossos semelhantes.
Se você é de classe média baixa, e preza pelos seus interesses, ou os de seus familiares e amigos, pense duas vezes antes de ir às ruas clamar por justiça e pedir a prisão de políticos apontados como ladrões pela mídia Global.
Os “heróis” que essa emissora quer empurrar nossas gargantas abaixo geralmente recebem propina, compram o silêncio de empresários e políticos, se envolvem com tráfico de drogas ou são acusados de mandar comparsas cometerem homicídios, inclusive de parentes.
Mas o herói maior, aquele que a mídia Global transformou em Deus, que até personagem de filme virou, esse senhor que veste toga e faz “justiça” sem respeitar às leis, esse não merece espaço aqui, muito menos que mencione seu nome, esse é um elemento que a história vai tratar como a bíblia tratou de Judas.
Termino esse texto de reflexão contando uma breve história de como aprendi que a democracia é o melhor remédio. Quando morava com meus pais e irmãos, diariamente à noite minha mãe perguntava sobre o cardápio do dia seguinte, havia uma votação e o prato mais votado era o escolhido.
Geralmente eu e meus irmãos, a maioria, escolhíamos arroz, feijão, fritas, bifes e ovos. Havia também a lasanha de frango, que era unanimidade, além de massa à bolonhesa. De vez em quando minha mãe colocava o famigerado Bucho de boi como opção, eu e meus irmãos odiávamos, mas sabíamos que a minoria, meu pai e minha mãe amavam, então abríamos mão e concordávamos com o prato.
Usei esse exemplo para demonstrar que até num governo popular, as minorias, como a classe média alta, devem ter seus interesses atendidos, até porque ela faz parte de um todo, e em um Governo ideal não podemos ignorar nenhuma classe que compõe a sociedade, devemos atender os interesses de todos.
Ocorre que o governo que a mídia quer que você defenda não é a maioria, é a minoria absoluta, e tão somente ela, esse governo fecha os olhos para a imensa maioria da sociedade, aquela que precisa do governo para poder ter uma vida digna.
“Cerca de 50 milhões de brasileiros, o equivalente a 25,4% da população, vivem na linha de pobreza e têm renda familiar equivalente a R$ 387,07 – ou US$ 5,5 por dia, valor adotado pelo Banco Mundial para definir se uma pessoa é pobre.”
Ignorar esses fatos e seguir com uma venda nos olhos, ou pior, fingir que está tudo bem para não dar o “braço a torcer”, é prejudicar a si mesmo, e prejudicar o nosso próprio país.
Não acho inteligente classificar políticos e o governo de Esquerda ou Direita, mas se um governo voltado para os interesses dos menos afortunados é chamado de um governo de esquerda, então é esse o Governo que irei defender.