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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

É tempo de viver

Muito embora seja um aficionado pelo mundo da ciência e suas explicações críveis, por vezes gosto de me utilizar da filosofia para começar um debate. Costumo fazer aos meus amigos um clássico questionamento que sempre me entristece. Pergunto: - Vocês já pararam para pensar como a vida é curta? Na maioria das vezes essa frase vem seguida de um olhar meio vazio. Em questão de segundos risos se misturam com outros sentimentos diversos, prontos para o desenrolar de um paradoxo. 
- Lá vem ele com aquele papinho. - dizem.
Essa reação é comum, e eu gosto dela, pois marca o ponto exato da transformação do assunto em pauta. Apesar das diferentes reações, é quase "uníssono" o silêncio que procede a minha seguinte observação: 
- Uma pessoa vive em média sessenta (60) anos de idade, ou vinte e dois mil dias (22.000). Transformem todos esses vinte e dois mil dias em riscos na parede de sua sala. Vá lá pode traçar os riscos, para cada dia um risco. Podem parecer uma infinidade de dias, mas se não for, ao menos é um bocado de riscos. Agora começamos a ver esse conjunto de rabiscos de um ângulo diferente. Em um simples exemplo, se você está lendo isso é porquê é alfabetizado. O processo de alfabetização de uma criança (em tese) começa aos 7 anos de idade. Então você que lê esse texto já vivestes no mínimo 2.555 dias. Assim riscamos um traço em diagonal sobre esses 2.555 dias (riscos), bem como os presos fazem na penitenciária, como normalmente é visto nos filmes. 
É amigo, acabamos de subtrair mais de 10% da nossa estimativa de tempo de vida. Não foram dias perdidos, porquê os vivemos é claro, mas estou analisando sobre uma perspectiva puramente matemática. Nada que não possa ser checado com uma simples calculadora. 
Agora vamos ampliar a abrangência dos cálculos, demonstrar o nosso "tempo" de vida de uma forma mais simplificada. Como qualquer outra pessoa você dorme. Um sono considerado ideal teria a carga horária de 8 horas. Ou seja, um terço do dia que contém 24 horas. Resumindo um terço de nossa vida nós passamos dormindo. Dessa forma teríamos um aproveitamento de 66,66 % da nossa vida. Nos restariam somente cerca de 14.600 dias. Desse restante se subtrairmos os primeiros 5 anos de idade 1.800 dias, os quais dificilmente recordamos e não contamos em nossa memória de vida. Então teríamos 12.800 dias aproveitáveis. 
Agora supomos que desde os 16 anos de idade você trabalhe 8 horas por dia, durante 5 dias por semana, e que seu trabalho não lhe proporcione nenhum tipo de lazer. Assim durante seu trabalho teríamos um período em que você não desfrute da vida, não vive. Em um ano nós trabalharíamos em 71% dos dias, em 44 anos nos daria um total de 3.800 dias, aproximadamente. Passamos então a descontar o somatório de  dias, que seriam trabalhados nesse período, dos 12.800 dias que restavam. Simples, 12.800 dias menos 3.800 dias = 9.000 dias.
Uou! Aquela parede cheia de traços únicos foi reduzida significativamente, já não nos parece mais ser infinita. 
Acabamos de perceber que só temos "9.000 dias de vida". E você ainda tá aí lendo isso em vez de aproveitar a vida?

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Más influências

Observe as atitudes de uma criança ao ver um adulto fazer algo que parece ser divertido. Certamente essa criança tentará imitá-lo, ou ter uma atitude semelhante. Ela faz isso por instinto, para agradar, para continuar o que lhe aparenta ser correto, tomar aquele exemplo como o a ser seguido. 
Assim como as crianças no mais visível dos exemplos, os adolescentes e adultos também moldam a sua conduta baseada no comportamento alheio, ao qual consideram o mais adequado. Por isso que na maioria das vezes ao se analisar o perfil de um indivíduo "A", encontramos inúmeros parentes e amigos que tenham o perfil parecido, possivelmente os fornecedores das características de personalidade adotadas por esse indivíduo. Seriam, ou são as más influências que levam as pessoas de boa índole a tomarem atitudes consideradas condenáveis aos olhos da sociedade?

Muitas pessoas são "facilmente influenciadas", acabam aceitando algumas opiniões alheias, mesmo que absurdas, como sendo verdades. Assim uns se aproveitam da fragilidade das outras pessoas para promover seus interesses pessoais. Mais uma vez os mais fortes superam os mais fracos, não só fisicamente, mas também psicologicamente.Quem nunca ouviu o famoso provérbio popular "Me diga com quem andas, que te direis quem és."?

É errado fazer um maniqueísmo social? Mesmo quando a única coisa que parece ter sentido é separar o joio do trigo, o bom do mau? O mau político é uma má influência? O bom político é uma boa influência? Pergunta-se ou afirma-se? Quem seria o bom político? É aquele que pensa no povo como um todo, ou é aquele que visa agradar somente seus eleitores? Questões com respostas tão simples, mas de difícil entendimento. Eis que nos surge a figura do oxímoro!

Assim funciona em toda a sociedade, independentemente do segmento no qual está inserido o indivíduo. O mau jogador de futebol é uma má influência? O bom jogador de futebol é uma boa influência? O cão que defeca em público é uma má influência para os demais cães? Ou o dono que não recolhe as fezes que é? Talvez os dois sejam, mas somente um tem consciência da ação cometida! Só sabemos o que é certo, pois temos noção do errado. Sabemos o que é bom, pois também conhecemos o que é ruim.

É impossível ignorar o fato de que as más influências são responsáveis pelo comportamento paralelo, contudo não é o fator preponderante para justificá-lo. Muitas vezes culpamos determinadas pessoas para absolver outras. Creditamos o erro de alguém na conta de quem sequer sabia que o que estava fazendo era errado. Fácil imputar a responsabilidade da ação de alguém por quem respondemos, nas "costas de outro", principalmente porque não enxergamos, melhor, não queremos enxergar nossos erros, nossas omissões.

Na contramão das más influências encontramos as boas influências. Em tese num ambiente sadio (sem teor agressivo ao ser humano), é grande a probabilidade de que não haja nenhuma espécie de conduta antimoral. Sendo assim, como na "teoria do nunca visto, impossível de descrever", quando uma criança é criada nesse ambiente, torna-se inclinada a seguir a conduta daqueles que o integram. Em tese, digo em tese, pois existem as exceções, não há porquê temer um desvio de conduta capaz de torná-la um mal exemplo, consequentemente uma má influência.