Observe as atitudes de uma criança ao ver um adulto fazer algo que parece ser divertido. Certamente essa criança tentará imitá-lo, ou ter uma atitude semelhante. Ela faz isso por instinto, para agradar, para continuar o que lhe aparenta ser correto, tomar aquele exemplo como o a ser seguido.
Assim como as crianças no mais visível dos exemplos, os adolescentes e adultos também moldam a sua conduta baseada no comportamento alheio, ao qual consideram o mais adequado. Por isso que na maioria das vezes ao se analisar o perfil de um indivíduo "A", encontramos inúmeros parentes e amigos que tenham o perfil parecido, possivelmente os fornecedores das características de personalidade adotadas por esse indivíduo. Seriam, ou são as más influências que levam as pessoas de boa índole a tomarem atitudes consideradas condenáveis aos olhos da sociedade?
Muitas pessoas são "facilmente influenciadas", acabam aceitando algumas opiniões alheias, mesmo que absurdas, como sendo verdades. Assim uns se aproveitam da fragilidade das outras pessoas para promover seus interesses pessoais. Mais uma vez os mais fortes superam os mais fracos, não só fisicamente, mas também psicologicamente.Quem nunca ouviu o famoso provérbio popular "Me diga com quem andas, que te direis quem és."?
É errado fazer um maniqueísmo social? Mesmo quando a única coisa que parece ter sentido é separar o joio do trigo, o bom do mau? O mau político é uma má influência? O bom político é uma boa influência? Pergunta-se ou afirma-se? Quem seria o bom político? É aquele que pensa no povo como um todo, ou é aquele que visa agradar somente seus eleitores? Questões com respostas tão simples, mas de difícil entendimento. Eis que nos surge a figura do oxímoro!
Assim funciona em toda a sociedade, independentemente do segmento no qual está inserido o indivíduo. O mau jogador de futebol é uma má influência? O bom jogador de futebol é uma boa influência? O cão que defeca em público é uma má influência para os demais cães? Ou o dono que não recolhe as fezes que é? Talvez os dois sejam, mas somente um tem consciência da ação cometida! Só sabemos o que é certo, pois temos noção do errado. Sabemos o que é bom, pois também conhecemos o que é ruim.
É impossível ignorar o fato de que as más influências são responsáveis pelo comportamento paralelo, contudo não é o fator preponderante para justificá-lo. Muitas vezes culpamos determinadas pessoas para absolver outras. Creditamos o erro de alguém na conta de quem sequer sabia que o que estava fazendo era errado. Fácil imputar a responsabilidade da ação de alguém por quem respondemos, nas "costas de outro", principalmente porque não enxergamos, melhor, não queremos enxergar nossos erros, nossas omissões.
Na contramão das más influências encontramos as boas influências. Em tese num ambiente sadio (sem teor agressivo ao ser humano), é grande a probabilidade de que não haja nenhuma espécie de conduta antimoral. Sendo assim, como na "teoria do nunca visto, impossível de descrever", quando uma criança é criada nesse ambiente, torna-se inclinada a seguir a conduta daqueles que o integram. Em tese, digo em tese, pois existem as exceções, não há porquê temer um desvio de conduta capaz de torná-la um mal exemplo, consequentemente uma má influência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário