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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

O trânsito "imponderável"

As últimas notícias do programa "Bom Dia Brasil" da rede Globo, dão conta de que dois ciclistas, aparentemente trafegando corretamente pelas ciclovias, foram atropelados na região sudeste durante o final de semana. Ambos não teriam tido qualquer tipo de auxílio dos condutores dos veículos após o acidente, vindo a falecer em virtude dos ferimentos. O curioso é que em um dos casos um dos ciclistas havia sido socorrido pelo seu irmão que passava pelo local, e prestou o socorro sem saber que a vítima de atropelamento era seu próprio irmão. Perguntado pelo repórter do programa sobre a situação, o rapaz disse que a família toda costuma usar bicicletas para se locomover pela cidade. Levantou-se então a questão dos problemas relacionados ao trânsito e o uso de bicicletas como meio alternativo para solucioná-lo. E falou-se também sobre esses "novos" mártires, aqueles que se aventuram como ciclistas no trânsito, e são sacrificados pela ignorância predominante de nossas rodovias.
Contudo de nada adianta a sociedade em peso adotar esse meio de locomoção, se os demais componentes do trânsito não cooperarem para que dê certo. Ou seja, não basta que as pessoas se conscientizem sobre a importância da adoção de meios de transporte alternativos, se os usuais motoristas de automóveis não trafegarem prudentemente, transmitindo a segurança necessário aos ciclistas. Não pairam dúvidas de que a educação dos brasileiros no trânsito é muito pequena, para não dizer inexistente. Além dos atropelamentos e colisões cotidianas, o nosso país também possui números alarmantes de violência física em função de discussões de trânsito. Como sempre a irracionalidade no trânsito brasileiro pautou todas as principais notícias da manhã.
Após uma análise superficial desse fato, passamos a discorrer sobre um assunto ao qual a notícia é diretamente ligada. É inegável que o futuro esteja ligado a tecnologia inimaginável que fascina o ser humano. Parte dessa tecnologia é aplicada nos meios de transporte. Novos modelos de carros e de motocicletas são lançados na mesma proporção que são comercializados os modelos antigos. Parte dessa tecnologia está corretamente direcionada para a melhor utilização de meios de transporte coletivos. São essas tecnologias impossíveis de serem freadas, que movimentam o mundo moderno, e que nos dão esperança no avanço concomitante de outros segmentos importantes para a sociedade tais como a medicina e a habitação. Entretanto o país que mais cresce no mundo (China), há tempos adota um meio de transporte simples como a bicicleta, no papel do principal meio de transporte nacional. Foi a solução encontrada para evitar o congestionamento de veículos automotores no país mais populoso do mundo. 
Recentemente o governo municipal de Porto Alegre implantou um programa direcionado ao incentivo do uso de bicicletas. Além da criação de ciclovias nos principais pontos da cidade, também espalhou bicicletas para o uso popular através de aluguel. Essa iniciativa foi muito válida, mesmo que a cultura da sociedade ainda não seja compatível com esse tipo de medida, ela foi o que podemos chamar de "semente" no ideal revolucionário para a resolução do grande problema gerado pelo trânsito. 
No meu dia a dia de casa para o trabalho, e do trabalho para casa, assumo o papel de pedestre. Caminho cerca de cinco quilômetros diariamente, em um trajeto ladeado pelas ruas. Nesse trajeto percorrido percebo a dificuldade e o stress dos motoristas no trânsito, e por vezes chego em casa antes de colegas que moram perto de minha casa e utilizam seu carro, saindo do trabalho na mesma hora em que eu saio. Se já não bastasse o motivo de chegar em casa antes caminhando do que se estivesse dirigindo, muitos outros aqui poderiam ser levantados. O exercício físico que envolve a caminhada, a economia do combustível e a ausência do stress do trânsito, são só alguns exemplos desses motivos benéficos. É claro que por vezes as condições climáticas nos impedem de adotar a caminhada para nos locomover, mas como essas vezes não são muito frequentes, podemos nessas ocasiões nos utilizar dos meios de transporte coletivos. Posso afirmar que a escolha pela caminhada diária foi muito acertada, criar esse hábito foi uma pequena decisão, porém uma das melhores que tomei.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Associações preconceituosas

 O que esperar de um post cujo título é "associações preconceituosas"? Poderia ele ter um conteúdo direcionado as associações (antigas sociedades), com finalidades contrárias a moral, ou que limitem a entrada de novos associados. A associação dos heterossexuais assumidos, ou a associação dos seres humanos extremamente carnívoros, seriam exemplos desse tipo de grupos sociais. Poderia também ser o título de um filme de quinta categoria rodado no subúrbio da Noruega.
Contudo, o post é voltado para uma análise de comportamentos preconceituosos associados às características daquele que sofre preconceito social. Recentemente um vídeo exibido pelo Youtube fazia menção à reação de uma mulher quando da entrada de um homem negro em um elevador. No vídeo está a mulher sozinha no elevador e após a entrada do homem negro, ela adota uma postura defensiva, dando um passo para trás e segurando sua bolsa. A visão do homem sobre a atitude dela é definitivamente coerente. Ele se diz ofendido pela atitude da mulher, que na sua visão com aquele simples gesto já estava o condenando somente baseando-se pela sua cor de pele. Como se ele fosse alguma espécie de criminoso que lhe trouxesse algum perigo. Essa espécie de associação é extremamente preconceituosa, nesse exemplo ela foi feita baseada na cor de pele do indivíduo. Esse preconceito atravessou gerações, acabou marcando as revoluções ao longo dos séculos, e não raramente terminou em tragédia. Mas este ponto seria mais voltado para a história da humanidade, que é muito valiosa, contudo será debatido em uma outra oportunidade.
Esse ato é corriqueiro no dia a dia, não só nos elevadores, mas nos supermercados, nas ruas, em qualquer lugar onde existe essa interação social.  Agora sejamos coerentes, também não vamos agir imprudentemente achando que um indivíduo, independentemente de sua cor de pele que transita de madrugada pela cidade, trajando vestimentas com a finalidade de mascarar sua face, esteja ali com boas intenções. É claro que esse pensamento contradiz em parte o que foi tratado até agora, mas não podemos generalizar nossos instintos e deixar que a inocência nos seja nociva.
Uma associação tão agressiva quanto a de ligar um indivíduo negro à alguém que possa lhe fazer algum tipo de mal, é a das vestimentas ou gostos de um indivíduo com a sua sexualidade. Como se ser homossexual seja algo ruim, ou seja uma doença, como recentemente foi tratada por um parlamentar no congresso nacional. Muito embora estejamos vivendo em tempos onde a anormalidade se tornou normal, e a exceção virou a regra, o preconceito quanto a sexualidade da pessoa é um dos principais motivos de indignação social. A orientação sexual do indivíduo não pode ser alvo de preconceito, não pode ser um empecilho para o seu desenvolvimento social. A vida é feita de escolhas, e essa é mais uma delas, que infelizmente ainda desagrada e muito a opinião pública. Quero colocar meu ponto de vista que não é de concordância com essa situação, não considero normal a condição homossexual. Acho que ela colide de frente com o ciclo natural do ser humano, é contra a ordem natural das coisas, porém não tenho nenhum tipo de preconceito. Respeito qualquer pessoa independentemente da opção sexual que ela tenha. O bom senso e a moral, que são costumes que estão em extinção, acabam sendo a única forma de combate na tentativa de extermínio desse mal. Por mais que desejamos que ele se extinga, esse passo somente é inerente a nós mesmos, sendo impossível administrá-los em nome da coletividade. Portanto faça a sua parte, com certeza por menor que seja essa sua atitude, ela acabará influenciando a aleatória, e quem sabe consigamos alterar esse panorama. 

Beirando o inacreditável

Na minha rotina diária de leitura dos principais noticiários impressos e demais virtuais, me deparei com duas notícias muito interessantes. A primeira fazia referência a uma maratonista americana Diana Van Deren, que perdeu parte do cérebro em função de uma cirurgia para curá-la de uma epilepsia. A perda de parte do cérebro fez com que essa americana de 52 anos tivesse seu lobo temporal direito afetado, a submetendo a uma vida com uma memória recente restrita. Dessa forma a americana se esquece de fatos recentes, de coisas que acabaram de acontecer, ou que continuam acontecendo ao longo de algo que ela execute continuadamente. Em razão dessa anomalia física a atleta se "beneficia" dessa condição para percorrer grandes distâncias sem que o cansaço e a fadiga muscular a interrompam. De um ser humano com uma doença muito grave, Diana passou a ser denominada como um "super ser humano", com condicionamento físico invejável. Mais um caso de superação e motivação que comoveu toda a sociedade, mostrando o quão importante o esporte é em nossas vidas.
Diana

Dentre mais notícias espetaculares, outra relacionada ao mundo dos esportes me chamou a atenção. Um escocês chamado Stuart Gunn se tornou o deficiente físico, motociclista mais rápido do mundo, atingindo a velocidade de 268 km por hora, o detalhe é que ele é cego. Achei aquela informação impressionante, um acontecimento novo, inacreditável, revolucionário. Com um pouco mais de pesquisa descobri que o recorde anterior também pertencia a um deficiente visual, um homem cego. O recorde de velocidade de um deficiente físico em um automóvel também pertence há um homem cego. Assim sendo constatei que os cegos são quase que imbatíveis nesse tipo de recorde destinado a deficientes físicos. Aquele meu espanto inicial já não era tão grande, percebi que era comum esse tipo de recorde para um indivíduo cego. Esse fato provavelmente está ligado ao fato da sensação de medo que pode ser facilmente alcançada ao ver a velocidade que estamos atingindo, não influencie na ação do motorista. No caso de um deficiente visual, cego, a não visão da velocidade atingida não freia sua coragem, ao contrário, permite que ele aumente a velocidade do veículo que conduz, sem a noção do quão elevada ela está. 
No entanto o mais extraordinário que a chamada daquela notícia, e o que me levou a escrever esse texto não fora essa manchete, mas o restante dela. Nela o responsável pela matéria nos traz uma explicação sucinta de o porquê ele não ter quebrado esse recorde anteriormente. O Escocês fora vítima de um assalto à sua residência. Na ocasião ele fora agredido e teve o seu rosto cortado. Enquanto lia o texto, tomado por um sentimento de indignação e revolta acabei exclamando aquele clássico "Ponte que partiu!". Não era possível, aliás foi possível. E o questionamento que instantaneamente me surgiu era: - em que mundo estamos? Que tipo de homem assaltaria um cego? E mais, porque esse homem ainda usaria da violência contra alguém que nem pode se defender? 
Não encontrei uma resposta racional. Até porque a violência na maior parte das vezes é irracional, e uma atitude tão repugnante quanto essa teria uma justificativa ou explicação mais inacreditável que a manchete que me levara até essa informação. Esse foi só mais um dos exemplos recentes da barbárie que o homem é capaz, não da grande parcela da população mundial que deseja a paz, mas daquela pequena parcela que deseja a violência, e de quem somos reféns.
Notícias como essas beiram o inacreditável, testam a nossa crença em uma força superior, acabam conflitando com o que chamamos de realidade. Estamos atingindo um ponto irreversível de criminalidade e irracionalidade ao redor do mundo, o qual temo não podermos mais evitar.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Gastos e gastos

Por vezes nos deparamos com situações financeiras desesperadoras, geralmente acompanhadas de uma pressão natural que essa situação nos impõe. Muitos dos problemas relacionados a dificuldade em quitar nossas dívidas surgem repentinamente, fazendo com que uma preocupação necessária surja. São essas despesas extra-cotidianas que acabam podando o alcance do orçamento familiar, limitando-o as necessidades, ou até as ultrapassando. 
Como prever uma despesa desse gênero? Geralmente a maioria das despesas extra-cotidianas não é previsível. Gastos com a manutenção do nosso estado de saúde ou de nossos dependentes é imprevisível. Gastos relacionados ao desgaste de objetos e outros bens necessários, muitas vezes também chegam sem avisar e complicam o orçamento. Sem mencionar os gastos com alimentação e utensílios domésticos imprescindíveis e que oscilam em função da inflação por eles sofrida.
Entretanto alguns gastos podem ser controlados, e inseridos nas despesas mensais sem que extrapolem o limite a eles destinado. Esses gastos podem ser postos em uma tabela, dividindo seu valor com os demais gastos tidos e que não podem ser evitados.
Partindo da confecção desse quadro podemos calcular, ou a menos estipular os valores que no sobrariam ou que nos faltariam mensalmente. É muito fácil nos organizarmos e controlar os valores que entram e saem do nosso orçamento. Em relação a esse controle não se vislumbra grandes dificuldades em compreendê-lo. O problema reside em controlar os gastos que não podem ser previstos no nosso orçamento familiar mensal. 
Esse é o objetivo desse post, dar dicas para tentar amenizar os efeitos que esses gastos podem provocar no orçamento familiar. Como diminuir os impactos que esses gastos podem causar no nosso bolso? Bem esse é um problema difícil de ser resolvido, contudo não é impossível.
A primeiro e fundamental observação a ser feita diz respeito exatamente ao seu rendimento mensal liquido. É fundamental que os seus gastos sejam superiores aos seu ganhos. Se isso estiver ocorrendo, ou em iminência de ocorrer, por consequência você continuará com seus problemas financeiros, e a tendência é que chegue a um ponto irreversível.
Portanto é extremamente importante observar esse ponto, em hipótese alguma (a não ser as de extrema urgência, as de risco de vida), contraia uma prestação pecuniária mensal da qual não dê cabo de quitar. Sempre obedeça uma lógica simples, de não poder gastar aquilo que não temos. Se por um acaso do destino ocorra uma dessas situações de gastos extra-cotidianos, teremos mais chances de resolvê-los com uma economia domiciliar mais compacta.
Outra dica simples diz respeito a não somar no orçamento mensal um valor que ainda não foi lhe dado. Assim respeitemos o velho ditado popular: "não conte com os ovos antes da galinha." Um erro comum do indivíduo é exatamente esse, achar que vai conseguir quitar suas dívidas com o "dinheiro que está para entrar". Geralmente soma-se no orçamento mensal alguns valores que nem sempre serão nos dados no prazo que estipulamos. Soma-se o décimo terceiro (13º) salário, as férias (lembre-se que os valores recebidos nas férias serão debitados do contracheque do mês seguinte), antes mesmo de recebermos. Também não pode-se cometer o erro de contrair dívidas esperando receber valores monetários provenientes de indenizações judiciais, ou de vendas particulares a prazo (lembre-se: se você por vezes tem dificuldades em quitar suas dívidas, os outros também podem ter).
Outro passo para evitar que sejamos surpreendidos por um gasto desnecessário é termos em nossa conta bancária a chamada reserva de emergência. Reserva que consiste em não gastar a totalidade do orçamento familiar, e sim de preservar parte desse valor para que possa ser utilizado em uma eventualidade necessária.  A dica é basicamente não gastar com produtos supérfluos, não desejar um lazer que não caiba em nosso orçamento. Normalmente esse lazer desnecessário que "se apropria" do valor que deveria ser destinado a outro segmento de gastos imprescindíveis.
Outra medida interessante para implantarmos diz respeito à adoção de hábitos voltados a "economia interna". Quando me refiro a "economia interna", não faço menção a economia do país, mas a economia do lar. Economia essa que começa com a substituição de produtos da cesta básica mais conhecidos, por outros produtos semelhantes de marcas não tão "conhecidas". Um maior rigor na fiscalização do consumo de água e energia elétrica também já virou norma nos lares brasileiros. E antes que alguém cometa o sacrilégio de me fazer essa pergunta, vou antecipando: - Não! Colocar uma garrafa pet de dois litros cheia de água próxima ao contador de água não faz com que o valor da sua conta diminua. Na verdade só faz com que o funcionário que faz a leitura do hidrômetro ria da sua ignorância.
A última e não menos importante medida se refere aos perigos do cartão de crédito. Essa grande invenção do homem foi de uma serventia importantíssima para a sociedade, tornou os pagamentos muito mais fáceis de serem feitos. O maior problema reside naquilo que chamamos de fatura do cartão. Não podemos esquecer que ela também tem que ser paga. A facilidade de pagar qualquer mercadoria, ou qualquer serviço por meio dessa ferramenta, soltou as amarras que prendiam o antigo homem que usava a famigerada cédula de dinheiro. A impressão de ver o dinheiro acabando de certa forma freava o homem no desejo de novas aquisições. O que não ocorre com o cartão de crédito. Com ele em mãos muitas vezes não enxergamos nossos limites financeiros. Somos cegados pela ganância de comprar e comprar sem ter que desembolsar nada para isso.
Para aqueles reféns do cartão de crédito e que não conseguem se conter em seu uso, uma solução fácil seria o seu cancelamento. Mas essa solução é para casos muito graves. Já os casos em um estágio inicial, recomenda-se a diminuição do limite, ou até uma adesivagem do limite no cartão no próprio, com o valor expresso para causar um impacto visual na hora em que utilizarmos.
Bem, essas são algumas pequenas dicas de como evitar maiores problemas no controle do orçamento familiar. Espero que elas lhes sejam úteis.