Wikipedia

Resultados da pesquisa

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Inversão de valores!

Hoje dia 9 de julho de 2014, um dia após a eliminação da seleção brasileira de futebol  na Copa do Mundo,
o país ainda "chora" e lamenta um dos maiores vexames da história do nosso esporte. Como todo bom brasileiro e ser humano normal, não gosto de perder, mesmo sabendo que se trata de um esporte. De nada adianta ser hipócrita e falar para você leitor, que fique indiferente com essa situação, que não sinta nada, quando na verdade EU odeio perder, quero ganhar sempre, apreciar o doce gosto da vitória. 
Poderia aqui discorrer em várias linhas sobre os motivos que nos levaram a esse fracasso estrondoso, transcrever as piadas que ouvi nas redes sociais, postar as montagens e imagens feitas por humoristas, mas vou deixar isso para 90% dos meios de comunicação que estão justificadamente pautando esse assunto. O futebol faz parte da vida do brasileiro, não há como negar isso, e a mídia correta e espertamente, faz uso disso para sobreviver. A Copa do Mundo gerou receitas consideráveis para o país e deixará um legado muito positivo para todos. Ao contrário da "maioria" eu fui a favor da Copa do Mundo no Brasil, a longo prazo colheremos os frutos que ela semeou. Sou cético em afirmar que se não fosse por ela, muitas obras de mobilidade urbana (que para ela foram construídas) não teriam saído do papel. 
Não escondo de ninguém que adoro praticar esportes, sobretudo o futebol em si. Além de praticar também gosto muito de assistir, no entanto nem por isso farei de hoje um dia trágico, usarei esse tempo para relatar problemas que na minha singela opinião são realmente relevantes para a sociedade. 
Há cerca de uma ano assisti um documentário do canal de TV por assinatura National Geographic, onde eram retratadas as condições sub-humanas em que as mulheres da Índia viviam, os abusos e atrocidades as quais eram submetidas. Já tinha certo conhecimento sobre isso, pois já havia lido algo aqui e acolá. A medida que o documentário era exibido, mais vontade me dava de fazer algo para ajudar a mudar esse cenário. Quando do fim do documentário um sentimento de raiva e ao mesmo de impotência fizera que, "por conveniência" fosse melhor eu esquecer aquilo, afinal o mundo não era perfeito, e cada país tem um cultura ímpar difícil de ser alterada. E assim deixei que um outro programa de televisão ocupasse meus pensamentos naquela noite.
Para minha surpresa no programa Fantástico da rede Globo, no domingo pós classificação da seleção brasileira de futebol à semi final da Copa do Mundo, onde o assunto predominante era a lesão do craque Neymar (que lamentei muito também), sobrou tempo para uma reportagem sobre o tratamento dado a mulher na Índia. Todo aquele meu ímpeto de fazer justiça moral, que havia esquecido, começara a voltar. Antes que a reportagem começasse, comentei com meus familiares que o tratamento que era dado as mulheres naquele país era revoltante, e que eles se impressionariam com ele.
Na Índia a sociedade é dividida em castas, em uma pirâmide onde os mais poderosos ficam no topo e os mais pobres na base. Assim como no Brasil, na Índia a imensa maioria da sociedade é formada por pessoas de baixa renda, no entanto lá isso tem um agravante muito sério no que tange à parte feminina dessa classe.
A mulheres indianas, que são lindas, enfrentam problemas sociais que nem deveriam passar pela cabeça de um ser humano que vive no século XXI. Elas são constantemente abusadas sexualmente, estupradas, violentadas pelo simples fato de serem mulheres de classe baixa. Casos de mulheres, e de adolescentes que tiveram seus rostos e corpos deformados por ácido jogado por homens, na tentativa de demonstrar superioridade.
Eu pergunto: que superioridade é essa? Isso é inferioridade em todos os sentidos. Inferioridade de neurônios, de respeito, de sentimentos, de racionalidade. Não tenho palavras para descrever o sentimento que fiquei ao ouvir novamente aqueles relatos.
Outro fato absurdo é o aborto de fetos do sexo feminino, muitas famílias abortam seus filhos por não terem condições de arcar com os problemas que envolvem a criação de uma mulher no país.
Todos os números sobre violência envolvendo as mulheres apresentados pela reportagem são alarmantes, cerca de seis mulheres são estupradas por dia, também foram registrados quase 300 casos de uso de ácido para violentá-las, somente em 2013. Há um ponto destacável na reportagem onde a repórter procura o advogado de uma adolescente que teve seu rosto deformado por ácido, para ouvir mais sobre o ocorrido. Perguntado sobre o caso ele disse que a adolescente tinha parcela de culpa, que ela havia contribuído com o que houve. Ela não devia andar sozinha pela rua, devia ficar em casa. Não preciso nem dizer que esse foi o estopim para a revolta de todos que acompanhavam a matéria.
No país em que a vaca tem mais valor que um ser humano, não podemos nos surpreender que a mulher seja considerada um problema social. Essa inversão de valores é ridícula, intolerável, chega a doer na alma.
Essa inversão de que falo, não está somente no absurdo de idolatrar uma vaca por ela ser uma vaca, enquanto uma mulher é apedrejado pelo simples fato de ser mulher. Essa inversão abrange muitos outros valores, é muito mais generalizada do que imaginamos. Essa inversão se dá quando apoiamos incessantemente uma campanha para escolher qual gol foi o mais bonito, ou qual uniforme nossa seleção deve usar. Questões fúteis, muito menores e que não são só exclusividade do futebol e de outros esportes, mas de várias áreas de entretenimento e lazer que devem ser preocupações secundárias, ou terciárias. Nos preocuparmos excessivamente com coisas de menor relevância e fechamos nossos olhos para situações que merecem a nossa total atenção. Já é passada a hora de mudarmos esse panorama, mudarmos as nossas atitudes, torná-las mais racionais, em prol da humanidade.
Sei que o lazer é um Direito de todo cidadão brasileiro, assegurado pela nossa Constituição. Se temos obrigações e deveres, também podemos usufruir dos nossos direitos! Não estou pregando que devamos tomar todo nosso tempo ocioso tentando salvar o Mundo, só não vamos usá-lo em coisas insignificantes aos olhos da racionalidade.
A ONU está ciente desses problemas e está intervindo para que eles sejam sanados. É notório que as Nações Unidas nos representam também, entretanto será que nós (subjetivamente) não podemos fazer algo para tentar sanar esse problema abominável? Às vezes pequenos atos somados a outros pequenos atos repercutem muito mais do que podemos imaginar!

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Peripécia

Na Grécia antiga, mais precisamente nos anais da famigerada tragédia grega, muitas histórias se perpetuaram e serviram de exemplo para a atual sociedade. As histórias de Aquiles, Hércules, Agamenon, entre outros personagens, sempre me fascinaram. Aliás, fora assim com qualquer história vinculada à mitologia grega (não nego uma infância de muitas e muitas horas reservadas para um desenho chamado "Os cavaleiros do zodíaco). 
Os gregos se utilizavam do termo "peripécia", difundido por Aristóteles para definir uma mudança radical na situação sob a perspectiva do correto em relação ao errado. Ou seja, um clássico exemplo de peripécia ocorre quando o herói de uma trama descobre que tudo aquilo que havia feito, que tudo aquilo pelo qual havia lutado, fora em vão, que aquilo que achava ser correto na realidade era errado.
Muitos de nós não somos heróis declarados, ou identificados com um emblema em nossas camisetas, no entanto sobreviver em sociedade está se tornando um tarefa digna de história em quadrinhos. Contudo não vou narrar aqui essas façanhas travadas no nosso cotidiano, deixemos para outra oportunidade.
Usei esse título para a postagem, pois quer fazer uma analogia não muito conexa, mas que provavelmente você entenderá. Muitas vezes fazemos, e continuamos fazendo coisas erradas, não porque queremos  ou sabemos que está errado (algumas vezes queremos e sabemos), mas porque alguém pediu ou ordenou que fizéssemos. Depois de fazê-las ficamos pensando se deveríamos ter feito, se era melhor ter ido contra esse pedido e ter deixado de fazer. Infelizmente aí é tarde demais, só resta lamentar.
Eu proponho uma discussão sobre os nossos atos corriqueiros sob uma perspectiva "tragicamente grega". Sabe aquela vontade de largar tudo que se está fazendo e sair viajando pelo mundo? Essa não é uma vontade exclusivamente sua, posso garantir que pelo menos metade das pessoas que você convive tem a mesma vontade. Apesar disso ser verdade, quantas dessas pessoas fazem isso? Nunca ninguém fez um estudo sobre isso, acho que não é um estudo suficientemente "idiota" para entrar nas estatísticas dos famosos estudos britânicos. Mesmo sem um prévio estudo, garanto que menos de 1% das pessoas faz realmente o que quer na vida.
Nós sabemos diferenciar o certo do errado, pois a sociedade pré estipula um conceito de ambos, e esses conceitos são um consenso quase unânime entre as pessoas. Eu também sou uma dessas pessoas, afinal minha profissão depende da expressão literal desse conceito, para executar meu trabalho me baseio nas leis às quais devem ser seguidas pela sociedade. Mas se alguns conceitos de certo e errado foram deturpados ao longo dos anos? Não falo da dicotomia do bem e do mal, provocada pelo antagonismo de seus significados, mas sim do desconhecimento de tudo que fazemos de errado achando estar certo, ou o contrário. Digo que está na hora de tomarmos atitudes condizentes com nossos desejos, de "chutar o balde".
Não peça licença para fazer o que quiser, simplesmente faça! Só não vá iniciar uma 3ª Guerra Mundial, saiba distinguir suas atitudes, desde que sua felicidade não comprometa a existência humana. (Hehe)
É claro que se essa iniciativa radical implicar em algo terrível para outra pessoa, é melhor que pensamos duas vezes antes de tomá-la. Lembre-se que no caso de um relacionamento amoroso, a felicidade de somente uma das partes não é correto. Portanto não hesite em acabar com algo que não lhe traga felicidade, pois esse é o propósito dessa ideologia.
*Quer ser uma estrela de Rock? Seja!
*Quer ser mãe aos 20 anos de idade? Qual o problema? Seu corpo provavelmente já está pronto para isso desde os 14 anos. "Tá maluco? Minha mãe me mata." (Certo, ela teve você uns anos depois, pois é, ela perdeu a chance de ter convivido com você por mais tempo.)
*Quer surfar as ondas em Pipeline? Tá esperando o quê? (Ah tá, dinheiro. Ok, nada cai do céu, você vai ter que batalhar para isso. Só não vá assaltar um banco!)
É justamente em razão dessa dúvida que cogito a possibilidade de muitos de nós, assim como nossos antepassados gregos e não gregos, estarmos vivendo uma espécie de peripécia do século 21. E se no final de sua vida, em seu leito de morte você der o clássico "olhar para trás" e se der conta que toda, ou parte de sua vida fora uma peripécia. E se existir um pós vida, onde aí sim saberemos de fato o porquê e para que nós existimos? E se nessa ocasião descobrirmos que o que fazíamos era totalmente contrário ao que a vida realmente nos propõe como ideal de certo, justo?
Ao final desse texto percebo o quão longe vou na análise de situações fáticas, sinto que por vezes começo a filosofar exacerbadamente. Que seja, pode ser que toda essa filosofia produzida em um "quarto desarrumado" sirva de inspiração para alguém um dia.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Casamento!

Me parece reacesa a vontade de homens e mulheres em contrair matrimônio e de constituir família sob os pilares fortes de um casamento! Essa faculdade, antes fadada ao esquecimento, se mostra cada vez mais forte na sua retomada de condição imprescindível da tradicional vida em sociedade, trazida dos séculos passados. O milênio que começou propulsionado com novas filosofias alternativas de vida, viu aos poucos seu cenário ser alterado culminando na recuperação gradativa de alguns valores humanos que até ontem eram irrecuperáveis. O casamento durante muito tempo teve seu conceito relacionado ao de instituição falida, porém hoje reescrevemos esse conceito, melhor voltamos a utilizar o velho e "ultrapassado" conceito.
Uma das mais importantes etapas da vida se resume a constituir família, e para isso deve-se escolher o parceiro ideal que possa ajudar a desempenhar essa gratificante tarefa. Independentemente da religião, ou até da ausência dela, o ser humano que visa formalizar a sua união com outra pessoa, o faz de maneira pública com total liberalidade e consentimento. Sendo assim, nada melhor que o faça em uma cerimônia cercada pelas pessoas que mais ama.
Na semana que se passou pude testemunhar que esse pensamento que aqui exponho, está novamente se tornando frequente entre as pessoas. Não só a ideia de casar, mas também de se tornar fiel ao companheiro, mostrando à sociedade de que essa é uma vontade uníssona e intocável. 
É provável que quem esteja lendo esse texto não tenha lido alguns anteriores de minha autoria. Pois bem, se não o fizeram deixo claro que apesar de ter sido batizado como católico, não me identifico com nenhuma religião, contudo tenho um profundo respeito por quem é devoto de alguma. 
O fato é que estava eu no altar de uma igreja ao lado de um padre e de outras pessoas celebrando a união religiosa de amigos por quem tenho muito carinho e apreço. Fiz isso com uma alegria e satisfação muito grande, pois fora escolhido pelo casal para os apadrinhar nessa nova etapa de suas vidas.
Enquanto estive ali ao lado deles passou em minha mente um pensamento que parece comum nessa situação, me imaginei na condição de noivo em vias de se tornar marido de minha mulher. É claro que com uma noiva diferente, não digo que a noiva que ali estava não fosse bonita e não tivesse muitas outras qualidades, mas ela já tinha encontrado seu parceiro perfeito. (Hehe)
Creio que assim como eu, muitos ali presentes fizeram essa suposição também. Alguns ficaram emocionados ao imaginar, outros levemente invejaram, e alguns tomados por um machismo momentâneo dirão que não pensaram em tamanha tolice. Convenhamos amigos que esse é um pensamento quase que inevitável, assim como é comum, guardadas as devidas proporções, quando imaginamos sermos nós a atração principal de um velório, o morto. No entanto aqui eu falo de uma etapa feliz de nossas vidas, não sobre o final dela. 
Embora me considere muito jovem no auge dos meus 27 anos e consequentemente assim me considere "novo" para contrair matrimônio, não posso deixar de ressaltar que esse pensamento não tem muito sentido ou relevância que possa ser defendido em um debate em prol do não-casamento. Quando digo que me considero "novo" para um casamento, não posso esquecer de que meus pais se casaram ambos com 25 anos, com dois anos a menos que a idade que hoje possuo. Prematuro? Talvez, mas para a sociedade em que eles viviam, que definitivamente não é a mesma em que vivemos hoje, era muito comum. 
Uma das frases mais clichês de todos os tempos talvez seja: "Para o amor não existe idade!". Mesmo que ela esteja difundida aos quatro cantos do mundo, até com uma conotação diversa daquela para qual foi criada, posso dizer que para o casamento, e especificamente esse que mencionei ter sido testemunha, ela é perfeitamente aplicável. Esse grande amigo casou com idade inferior a minha, e a felicidade que estampava em seu rosto não me deixara dúvida de que ele tomara a decisão correta. 
O grande pensador alemão Arthur Scopenhauer ficou mundialmente conhecido por ter posições muito definidas em desfavor do casamento, mas tinha pensamentos muito significativos em favor da felicidade, disse ele: "Quando a felicidade se apresenta devemos abrir-lhe todas as portas porque jamais foi considerada inoportuna." Verdade irretocável.
Quero dizer que quando encontramos a nossa "metade da laranja", a "tampa da panela", em suma; a pessoa certa, não há porquê esperar. É melhor nos arrependermos por termos falhado na nossa tentativa, do que nunca termos tentado. Não nos esqueçamos de que o amanhã é incerto, e se ficarmos dependentes dele, pode ser que ele nunca chegue. Está em nossas mãos iniciar a nossa própria família, bem como está em nossos dedos adiar uma eternidade ao lado de quem amamos. Sim o amor pode durar a eternidade, até depois da morte, foi por isso que a frase final dita pelo padre na cerimônia: "até que a morte os separe" foi substituída por; "todos os dias da nossa vida"! 

Dedico aos meus amigos Tadeu e Éllen! 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

É tempo de viver

Muito embora seja um aficionado pelo mundo da ciência e suas explicações críveis, por vezes gosto de me utilizar da filosofia para começar um debate. Costumo fazer aos meus amigos um clássico questionamento que sempre me entristece. Pergunto: - Vocês já pararam para pensar como a vida é curta? Na maioria das vezes essa frase vem seguida de um olhar meio vazio. Em questão de segundos risos se misturam com outros sentimentos diversos, prontos para o desenrolar de um paradoxo. 
- Lá vem ele com aquele papinho. - dizem.
Essa reação é comum, e eu gosto dela, pois marca o ponto exato da transformação do assunto em pauta. Apesar das diferentes reações, é quase "uníssono" o silêncio que procede a minha seguinte observação: 
- Uma pessoa vive em média sessenta (60) anos de idade, ou vinte e dois mil dias (22.000). Transformem todos esses vinte e dois mil dias em riscos na parede de sua sala. Vá lá pode traçar os riscos, para cada dia um risco. Podem parecer uma infinidade de dias, mas se não for, ao menos é um bocado de riscos. Agora começamos a ver esse conjunto de rabiscos de um ângulo diferente. Em um simples exemplo, se você está lendo isso é porquê é alfabetizado. O processo de alfabetização de uma criança (em tese) começa aos 7 anos de idade. Então você que lê esse texto já vivestes no mínimo 2.555 dias. Assim riscamos um traço em diagonal sobre esses 2.555 dias (riscos), bem como os presos fazem na penitenciária, como normalmente é visto nos filmes. 
É amigo, acabamos de subtrair mais de 10% da nossa estimativa de tempo de vida. Não foram dias perdidos, porquê os vivemos é claro, mas estou analisando sobre uma perspectiva puramente matemática. Nada que não possa ser checado com uma simples calculadora. 
Agora vamos ampliar a abrangência dos cálculos, demonstrar o nosso "tempo" de vida de uma forma mais simplificada. Como qualquer outra pessoa você dorme. Um sono considerado ideal teria a carga horária de 8 horas. Ou seja, um terço do dia que contém 24 horas. Resumindo um terço de nossa vida nós passamos dormindo. Dessa forma teríamos um aproveitamento de 66,66 % da nossa vida. Nos restariam somente cerca de 14.600 dias. Desse restante se subtrairmos os primeiros 5 anos de idade 1.800 dias, os quais dificilmente recordamos e não contamos em nossa memória de vida. Então teríamos 12.800 dias aproveitáveis. 
Agora supomos que desde os 16 anos de idade você trabalhe 8 horas por dia, durante 5 dias por semana, e que seu trabalho não lhe proporcione nenhum tipo de lazer. Assim durante seu trabalho teríamos um período em que você não desfrute da vida, não vive. Em um ano nós trabalharíamos em 71% dos dias, em 44 anos nos daria um total de 3.800 dias, aproximadamente. Passamos então a descontar o somatório de  dias, que seriam trabalhados nesse período, dos 12.800 dias que restavam. Simples, 12.800 dias menos 3.800 dias = 9.000 dias.
Uou! Aquela parede cheia de traços únicos foi reduzida significativamente, já não nos parece mais ser infinita. 
Acabamos de perceber que só temos "9.000 dias de vida". E você ainda tá aí lendo isso em vez de aproveitar a vida?

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Más influências

Observe as atitudes de uma criança ao ver um adulto fazer algo que parece ser divertido. Certamente essa criança tentará imitá-lo, ou ter uma atitude semelhante. Ela faz isso por instinto, para agradar, para continuar o que lhe aparenta ser correto, tomar aquele exemplo como o a ser seguido. 
Assim como as crianças no mais visível dos exemplos, os adolescentes e adultos também moldam a sua conduta baseada no comportamento alheio, ao qual consideram o mais adequado. Por isso que na maioria das vezes ao se analisar o perfil de um indivíduo "A", encontramos inúmeros parentes e amigos que tenham o perfil parecido, possivelmente os fornecedores das características de personalidade adotadas por esse indivíduo. Seriam, ou são as más influências que levam as pessoas de boa índole a tomarem atitudes consideradas condenáveis aos olhos da sociedade?

Muitas pessoas são "facilmente influenciadas", acabam aceitando algumas opiniões alheias, mesmo que absurdas, como sendo verdades. Assim uns se aproveitam da fragilidade das outras pessoas para promover seus interesses pessoais. Mais uma vez os mais fortes superam os mais fracos, não só fisicamente, mas também psicologicamente.Quem nunca ouviu o famoso provérbio popular "Me diga com quem andas, que te direis quem és."?

É errado fazer um maniqueísmo social? Mesmo quando a única coisa que parece ter sentido é separar o joio do trigo, o bom do mau? O mau político é uma má influência? O bom político é uma boa influência? Pergunta-se ou afirma-se? Quem seria o bom político? É aquele que pensa no povo como um todo, ou é aquele que visa agradar somente seus eleitores? Questões com respostas tão simples, mas de difícil entendimento. Eis que nos surge a figura do oxímoro!

Assim funciona em toda a sociedade, independentemente do segmento no qual está inserido o indivíduo. O mau jogador de futebol é uma má influência? O bom jogador de futebol é uma boa influência? O cão que defeca em público é uma má influência para os demais cães? Ou o dono que não recolhe as fezes que é? Talvez os dois sejam, mas somente um tem consciência da ação cometida! Só sabemos o que é certo, pois temos noção do errado. Sabemos o que é bom, pois também conhecemos o que é ruim.

É impossível ignorar o fato de que as más influências são responsáveis pelo comportamento paralelo, contudo não é o fator preponderante para justificá-lo. Muitas vezes culpamos determinadas pessoas para absolver outras. Creditamos o erro de alguém na conta de quem sequer sabia que o que estava fazendo era errado. Fácil imputar a responsabilidade da ação de alguém por quem respondemos, nas "costas de outro", principalmente porque não enxergamos, melhor, não queremos enxergar nossos erros, nossas omissões.

Na contramão das más influências encontramos as boas influências. Em tese num ambiente sadio (sem teor agressivo ao ser humano), é grande a probabilidade de que não haja nenhuma espécie de conduta antimoral. Sendo assim, como na "teoria do nunca visto, impossível de descrever", quando uma criança é criada nesse ambiente, torna-se inclinada a seguir a conduta daqueles que o integram. Em tese, digo em tese, pois existem as exceções, não há porquê temer um desvio de conduta capaz de torná-la um mal exemplo, consequentemente uma má influência.